Para assistir (e falar) de Transformers: A Era da Extinção deve-se ter algo em
mente: A ideia do filme é te entreter com cenas espetaculares com lutas de robôs
gigantes que se transformam em carros altamente desejáveis. Pra falar a verdade o público
alvo são crianças e adolescentes, então nem se preocupar em entender é muito
válido. Bom, partindo dessa ideia o negócio é discutir o filme sem muitos
critérios e maneirar nas críticas.
Não tem como não criticar. É rapidinho. Não se sabe o que é
pior no filme a atuação ou o personagem do Mark Wahlberg. Pra falar a verdade
todo o núcleo humano do filme é praticamente dispensável, tirando o governo com
os militares é claro. O romancezinho da filha dele com um bonitão genérico e o
amor de pai protetor não convencem em momento algum.
Quando houve a notícia de que não seria Shia LaBeouf que
protagonizaria o correto a se pensar é que finalmente iria acabar essa “malhaçãozisse”
dos filmes. Não. Foi a mesma coisa só que com um cara mais forte e com nome
melhor no mercado. E pra piorar, Wahlberg é um inventor que sonha que um dia uma
de suas invenções babacas dê certo. Ele tem complexo de Flik da Vida de Inseto.
Foi o melhor que eu consegui fazer
Deixando essas partes horríveis de lado vamos ao que
interessa. (Tem spoilers obviamente)
O plot chega até a ser interessante. Não a parte do
Wahlberg. É lixo, lembra? Uma empresa de tecnologia conseguiu recuperar partes
de alguns transformers para remodelagem, que por causa da batalha de Chicago do filme anterior,
estavam por todo lado. Isso dá chão para diversas interações tranformers-forças
armadas que foram até bem mostradas.
A história fica um pouquinho mais complicada quando o
governo americano (pra ser mais específico um time de operações especiais
chamado Vento do Cemitério) tem um acordo com alguns aliens transformers misteriosos
para entregar o Optimus Prime em troca da Semente. O líder dessa força alien
chama-se Lockdown.
== Pausa no texto: Em todo filme da saga Transformers aparece uma nova ~forma de poder
incomparável~. O Cubo no primeiro, o All-Spark no segundo, os pilares de alguma
coisa no terceiro e essa Semente agora. Brincadeira viu... ==
A Semente destrói o planeta e o faz habitável para os
transformers. Enfim, a história se complica um pouco, mas até que é assistível.
Comparado aos anteriores, pode-se dizer que é até uma melhora.
O time de Autobots desse filme é diferente dos anteriores.
Ratchet é destruído covardemente logo no começo. Ele era legal. Mas já era. Em
compensação são apresentados alguns novos que são absurdamente sensacionais.
Bumblebee e Optimus só tiveram uma repaginada no design
Esse é demais. Parece que ele tem um sobretudo e ele também usa uns paraquedas iradíssimos
Um samurai robô. Não tem como errar (Mas no Wolverine Imortal ficou uma bosta)
E esse lembra um anão da Terra Média com banca de sargento da segunda guerra. Ah, ele fuma um charuto
Alguns Decepticons também aparecem. Como dito anteriormente
uma empresa chamada KSI recolhe pedaços de transformers da batalha, cria um
elemento chamado 'Transfórmio' e tenta modelar seus próprios transformers. Porém,
uma das peças usadas para essa remontagem é a cabeça de Megatron, que foi
arrancada lindamente pelo Líder Optimus no último filme. Essa parte portanto, “ganha
vida” e comanda toda a frota de transformers criados artificialmente. Essa nova
forma do Megatron se chama Galvatron. Outro que aparece é Stinger, o nêmesis do
Bumblebee.
Para conseguir ajuda para combater os novos inimigos, Líder
Optimus vai atrás dos Dinobots, como prometido nos trailers e cartazes. São
sensacionais. Só pra ser legal mesmo, pois não acrescentam nada relevante ao
roteiro.
É mostrada uma parte misteriosa também. Esses novos inimigos falam de um Criador, que estava insatisfeito com o que Optimus Prime estava fazendo. Provavelmente na sequência isso vai ser explorado, já que a cena final é de Prime voando em direção à solução desse problema.
Galvatron consegue escapar de fininho e fica pro próximo
filme. Os Dinobots são liberados nos arredores de Pequim, onde aconteceu a
batalha final. Sim, dinossauros robôs vivem em Pequim agora. Eles poderão aparecer no
próximo também.
E por falar em China há uma cena que não pode passar
despercebida. Em dado momento há uma pequena briga em um elevador envolvendo o
executivo da KSI e uma subalterna dele chinesa. Ela luta com o cara que está os
perseguindo e acaba sendo arremessada longe. Até aí tudo bem, uma chinesa treinada em defesa pessoal. Mas de repente um operário chinês genérico
sai de dentro do elevador e de uma maneira bem Jackie Chan põe o cara pra
dormir. É isso mesmo que é pra sacar? Na China todos lutam kung-fu?
Menção honrosa para T. J. Miller. Um ator divertido que poderia ser um bom alívio cômico do filme e foi covardemente limado logo no começo. Ele faz um papel hilário na série Silicon Valley.
Nota 7.
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