No final deste mês de junho começou a quarta temporada da
série Falling Skies, exibida pela TNT nos Estados Unidos. Estranhamente ela não
está entre as mais assistidas, já que contem vários elementos que agradam ao
público em geral. Surpreende ainda mais por ter como produtor executivo nada
mais nada menos do que Steven Spielberg. Mesmo com esse não reconhecimento teve
início então uma nova temporada, dando continuidade às batalhas dos humanos
contra os espheni pela retomada da Terra.
Para quem conhece a série vá até o final do texto que lá vou
falar de como está a série até agora e algumas previsões sobre o que deve
acontecer. Pra quem quer conhecer um pouco pra ter interesse em começar
assistir vou continuar daqui (sem spoilers).
Tom Mason
No início somos apresentados a Tom Mason, professor de História na Universidade de Boston e essa característica acadêmica dá um ingrediente indispensável pra narrativa. Ele é casado com Rebecca e pai de três garotos: Hal, Ben e Matt. Após a invasão alienígena sua esposa falece e Tom se vê sozinho para defender seus filhos.
A invasão espheni tem como objetivo, à primeira vista,
dizimar a humanidade. A força militar americana (sempre), tenta conter a ação
mas é rapidamente derrotada, deixando apenas pequenos batalhões sobreviventes.
Um deles é o “2nd Mass”, homenagem ao real “2nd Regiment of Cavalry,
Massachusetts Volunteers” que lutou durante a Guerra Civil dos Estados Unidos.
Tom une-se a esse batalhão tornando-se uma peça indispensável para o sucesso
das tomadas estratégicas de batalha, já que possui vasto conhecimento da
história norte-americana.
A série tem suas limitações. A atuação não é excelente, os
efeitos especiais são medianos e o desenvolvimento fica um pouco “complicado” depois de um tempo,
tudo isso devido ao baixo orçamento de uma série de TV. Com essas ressalvas é
fácil se envolver na história. A noção de esperança em uma situação impossível
de vencer é bem construída e as armas alienígenas são divertidas de tentar
entender.
O ator que interpreta Tom Mason, Noah Wyle tem um certo
carisma que faz com que você comece a torcer por ele. Os outros enfim, nem
tanto. Há quem goste de John Pope, um rebelde sem causa interpretado por Colin Cunningham, que é apresentado no começo da série também, mas na verdade é um
personagem muito controverso e a atuação muito exagerada.
Uma coisa legal da série são os conceitos sociais de
comunidade e reconstrução da sociedade diante de tal situação. As dinâmicas
mostradas nesses cenários geram boas reflexões e normalmente tem bons
desfechos.
(Agora spoilers até a 4ª
Temporada)
No fim da 3ª temporada tudo se resolveu no último episódio
com os humanos conseguindo escapar da ameaça espheni de construir uma máquina
que selaria o destino da humanidade. Todo esse esforço é ignorado nos primeiros
5 minutos do primeiro episódio dessa nova temporada.
Durante a fuga do local da última batalha os humanos são
cercados por tropas espheni e o elenco se separa em quatro grupos: Tom está em
um campo de concentração com o Cel. Weaver , Hal e Pope (e mais alguns personagens
secundários, novos e antigos); Matt está em uma escola de lavagem cerebral; Ann
lidera um grupo que conseguiu escapar e sai à procura do resto do grupo; e Ben
e Maggie chegam a um santuário da paz onde lá encontram nada mais nada menos
que Lexi, sua irmãzinha desaparecida que, devido a um motivo muito mal
explicado, cresce a uma velocidade extrema, já estando ela por volta da mesma
idade do Ben.
Lexi (que está muito bizarra)
Até o terceiro episódio alguns bons pontos podem ser
levantados, como a inteligente estratégia de Tom para elaborar uma fuga, que
envolve mapear o território do campo de concentração e descobrir de onde saem
as tropas quando há uma rebelião. No fim o plano foi bem sucedido graças a algumas ajudinhas desnecessárias do roteirista. Interessante também os métodos de lavagem cerebral da “escola”
onde Matt está, que tenta convencer os alunos que os espheni vão gerar uma nova
ordem de paz e harmonia. A ideia de Matt é destruir a escola de dentro pra fora, expondo seus segredos e libertando quem está sob seu poder. Provavelmente esse vai ser o arco dele nessa temporada.
Matt na lavagem cerebral, bem nos moldes de uma escola militar
Cochise e sua tropa correm por fora, meio ignorados, mas
provavelmente executarão algo importante no fim da temporada, ou até antes.
O interessante da série é saber mais ou menos como as coisas
acontecerão mas mesmo assim assistir para absorver alguns conceitos e sacadas
muito inteligentes. Vale a pena até agora.
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