“Ó Pátria amada, idolatrada. Salve!
Salve!”. Em que momento temos todo esse amor a pátria como nos é descrito em
nosso próprio hino nacional? Nos momentos diários, de respeito a nossa
constituição, de respeito a nossas leis de trânsitos, no amor para com a nossa
terra e para aqueles que a habitam juntamente conosco? Não. A maioria das
pessoas que lerão este artigo também sabe quando o patriotismo fala mais alto
no ideológico da maioria da população brasileira, é quando toda a nação é
resumida por 11 jogadores vestindo a camisa “verde amarela” para ganhar uma
taça que representa o título de Campeão Mundial.
Mas campeão mundial no que? Na
educação? Não. Pois somos o 8º país com maior número de analfabetos, sendo
analisados 140 países pela UNESCO (Organizações das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura). Campeã de investimento na nação? Não. Já que
conforme uma das últimas divulgações do IBGE a respeito do nosso PIB, tivemos
um pequeno crescimento de 0,2 por cento. Mas esse não é o problema, o problema
é que tivemos uma baixa de 8,5 % no setor agropecuário e 0,1% no setor
industrial. Continuamos no problema, pois o indicador de Formação Bruta de
Capital (FBC) caiu em 2%, sendo esse indicador importante, pois mostra o nível
de investimento produtiva do setor industrial, mostrando assim a
impossibilidade de ampliar a eficiência produtiva.
A falta de civilidade do brasileiro
foi alvo até mesmo de estudos de antropólogos. Dois especialistas do Instituto
Millenium, o filósofo Roberto Romano e o antropólogo Roberto DaMatta, alegando
que ainda estamos aprendendo a viver em sociedade e que a desobediência é
proveniente de uma herança da antiga sociedade aristocrática como uma
sinalização de status, sendo a mistura destes dois problemas a originalidade da
dificuldade do respeito para com a lei e instituição.
Conforme os dados acima e muitos mais
que você pode encontrar apenas despertando a curiosidade e digitando alguma
pesquisa no nosso velho e querido Google, vamos ao diagnóstico do nosso país e
dos cidadãos que o habitam. Temos uma população revoltada com o descaso dos
governantes que eles mesmos elegem, muitas vezes por negligência no momento da
votação, porém só mostram violentamente tal desgosto quando a seleção da
Alemanha “passa o caminhão” na seleção brasileira. Temos uma mídia preferida do
público que foi criada durante o período de Ditadura Militar brasileira com o
intuito de fornecer informações distorcidas sobre nossa realidade social, e que
continua a fazer isso hoje em dia. Temos um histórico de cordialidade estudado
por Sérgio Buarque de Holanda, mostrando que o brasileiro tem uma péssima mania
de “apadrinhar” e “familiarizar” pessoas estranhas a seu dia-a-dia e até mesmo
aspectos religiosos como se fossem velhas conhecidas, criando um estreitamento
que provirá uma certa falta de respeito para com aqueles que acreditamos
estarem confortáveis com nossas brincadeirinhas, além do nosso maldito jeitinho
brasileiro.
Diagnóstico final: Câncer social em
fase terminal, salvo intensivo tratamento de quimioterapia cidadã, com sessão
freqüente de tratamento civilizacional.
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