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quinta-feira, 10 de julho de 2014

“Eu sou Brasileiro, alienado e com muito rancor !!!”

“Ó Pátria amada, idolatrada. Salve! Salve!”. Em que momento temos todo esse amor a pátria como nos é descrito em nosso próprio hino nacional? Nos momentos diários, de respeito a nossa constituição, de respeito a nossas leis de trânsitos, no amor para com a nossa terra e para aqueles que a habitam juntamente conosco? Não. A maioria das pessoas que lerão este artigo também sabe quando o patriotismo fala mais alto no ideológico da maioria da população brasileira, é quando toda a nação é resumida por 11 jogadores vestindo a camisa “verde amarela” para ganhar uma taça que representa o título de Campeão Mundial.

Mas campeão mundial no que? Na educação? Não. Pois somos o 8º país com maior número de analfabetos, sendo analisados 140 países pela UNESCO (Organizações das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). Campeã de investimento na nação? Não. Já que conforme uma das últimas divulgações do IBGE a respeito do nosso PIB, tivemos um pequeno crescimento de 0,2 por cento. Mas esse não é o problema, o problema é que tivemos uma baixa de 8,5 % no setor agropecuário e 0,1% no setor industrial. Continuamos no problema, pois o indicador de Formação Bruta de Capital (FBC) caiu em 2%, sendo esse indicador importante, pois mostra o nível de investimento produtiva do setor industrial, mostrando assim a impossibilidade de ampliar a eficiência produtiva.

A falta de civilidade do brasileiro foi alvo até mesmo de estudos de antropólogos. Dois especialistas do Instituto Millenium, o filósofo Roberto Romano e o antropólogo Roberto DaMatta, alegando que ainda estamos aprendendo a viver em sociedade e que a desobediência é proveniente de uma herança da antiga sociedade aristocrática como uma sinalização de status, sendo a mistura destes dois problemas a originalidade da dificuldade do respeito para com a lei e instituição.

Conforme os dados acima e muitos mais que você pode encontrar apenas despertando a curiosidade e digitando alguma pesquisa no nosso velho e querido Google, vamos ao diagnóstico do nosso país e dos cidadãos que o habitam. Temos uma população revoltada com o descaso dos governantes que eles mesmos elegem, muitas vezes por negligência no momento da votação, porém só mostram violentamente tal desgosto quando a seleção da Alemanha “passa o caminhão” na seleção brasileira. Temos uma mídia preferida do público que foi criada durante o período de Ditadura Militar brasileira com o intuito de fornecer informações distorcidas sobre nossa realidade social, e que continua a fazer isso hoje em dia. Temos um histórico de cordialidade estudado por Sérgio Buarque de Holanda, mostrando que o brasileiro tem uma péssima mania de “apadrinhar” e “familiarizar” pessoas estranhas a seu dia-a-dia e até mesmo aspectos religiosos como se fossem velhas conhecidas, criando um estreitamento que provirá uma certa falta de respeito para com aqueles que acreditamos estarem confortáveis com nossas brincadeirinhas, além do nosso maldito jeitinho brasileiro.


Diagnóstico final: Câncer social em fase terminal, salvo intensivo tratamento de quimioterapia cidadã, com sessão freqüente de tratamento civilizacional.

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